Brasil duplica o número de viagens educacionais para os EUA
O Brasil duplicou nos dois últimos anos o número das chamadas "viagens educacionais" com destino aos Estados Unidos, país que no último ano matriculou em suas universidades quase 10 mil estudantes brasileiros.
A Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta) revela que as agências turísticas dedicadas a esse tipo de serviço indicaram que 20% dos estudantes optaram pelos EUA em 2010, número que chegou a 45% no último ano.
De acordo com a coordenadora da International Student Network (ISN), Luzia Tartari, o número de brasileiros que sai do país para estudar nos EUA cresce ao contrário da tendência mundial, que opta por outros países.
De acordo com a coordenadora da International Student Network (ISN), Luzia Tartari, o número de brasileiros que sai do país para estudar nos EUA cresce ao contrário da tendência mundial, que opta por outros países.
A entidade apontou que no ano letivo 2011-2012 se matricularam em universidades americanas 9.029 estudantes brasileiros, um número superior em 2,9% ao do período 2010-2011, sendo que 80% deles em programas de graduação.
Apesar do aumento de brasileiros nas instituições de educação superior nos EUA, o Canadá continua sendo o principal destino dos estudantes do país sul-americano, com 91,3%.
Os EUA ocupam o segundo lugar entre os destinos preferidos dos estudantes brasileiros, com 75%, seguido do Reino Unido, com 68,8%.
Na América Latina, segundo o Instituto Internacional de Educação (IEE), o Brasil é o país que mais envia estudantes para os EUA e o sexto em nível mundial, atrás de Arábia Saudita, China, Coreia do Sul, Japão e Taiwan.
"Nos últimos anos o desenvolvimento econômico do Brasil estimulou bastante os alunos, o país e o governo brasileiro a ver o ensino nos EUA como uma grande oportunidade de intercâmbio e preparação dos jovens brasileiros para trabalhar em um mundo com fronteiras menos definidas profissionalmente", explicou a coordenadora da International Student Network (ISN), Luzia Tartari.
A coordenadora apontou que o intercâmbio estudantil no exterior está mais fácil para os brasileiros.
"Além do programa de bolsas de estudos 'Ciência sem Fronteiras', promovido pelo governo brasileiro para alunos que estudam em universidades públicas, e de outros programas orientados ao exterior, a maioria das universidades americanas oferecem bolsas de estudos de estudos a alunos internacionais", comentou.
Luzia Tartari lembrou que muitas universidades não realizam exames de admissão e têm mais em conta o currículo de cada estudante, dando preferência a quem tenha um bom rendimento acadêmico, acompanhado do conhecimento do inglês e de atividades extracurriculares.
Fonte: Agência EFE.