Turismo de aventura é oportunidade para o país
O ecoturismo ou turismo de aventura ainda é um segmento pouco explorado no país, embora o potencial seja grande: 62% da área territorial do Brasil corresponda à vegetação nativa e o litoral tenha quase 7.500 km de extensão. Mesmo com opções concentradas em algumas regiões do país, cerca de 21% dos turistas estrangeiros escolhem o Brasil como destino pelas opções em ecoturismo, segundo pesquisa de Demanda Turística Internacional do Ministério do Turismo 2012. O ecoturismo só perde para o turismo de sol e praia (64%), quando o motivo da viagem é lazer.
Com o propósito de incentivar esse segmento, o MTur, junto ao Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes estão planejando ampliar a visitação a parques nacionais até a Copa de 2014. “Em 2016, queremos ter cadeias completas de negócios turísticos nos parques do Estado do Rio de Janeiro, com foco na Olimpíada, e em 2020 queremos todos os 69 parques do Brasil abertos à visitação”, afirma o ministro do Turismo, Gastão Vieira.
De acordo com o secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinícius Lummertz, o turismo de aventura é também uma forma de preservar os recursos naturais e regiões ameaçadas, pois valoriza o potencial natural do país. Entre as opções de aventura estão o arvorismo, a tirolesa, o mergulho, o surf, o windsurfe, o kitesurf, a canoagem, o paraquedismo, as caminhadas em trilhas e o bóia cross. Abaixo, alguns destinos onde estas modalidades podem ser encontradas:
Kitesurf e Windsurf – Um dos locais bastante conhecidos pela prática do kitesurf e do Windsurf, é Jericoacoara, no Ceará e Florianópolis (SC). A prática é comum devido a velocidade dos ventos. No kitesurf, a pessoa utiliza uma prancha fixada aos pés e uma pipa inflável (semelhante a um parapente), o que possibilita deslizar sobre a superfície da água e, ao mesmo tempo, alçar voos. O vento é o motor e o cenário de esporte pode ser o mar, um rio, um lago ou uma represa. Em Brasília, também é possível praticar windsurfe.
Paraquedismo: Boituva, uma cidade localizada a (há) 116km de São Paulo é conhecida por essa prática. A cidade é sede de uma escola que ministra aulas para a prática do salto. O curso é composto por 10 horas de aula teórica, um salto duplo de instrução e oito saltos livres.
Trilhas: É possível fazer trilhas em Parques Nacionais como a Chapada dos Veadeiros (GO), Lençóis Maranhenses (MA), Chapada Diamantina (BA) e Aparados da Serra (RS), sempre com guias.
Mergulho – Os destinos mais procurados são Fernando de Noronha (PE), Paraty (RJ), Ilhabela (RJ), Bombinhas (SC) e Recife (PE). No interior, é possível também mergulhar em Bonito (MS).
Bóia Cross e Rafting – O esporte é praticado em bóias ou botes infláveis em rios e corredeiras. Em Brotas, há 250 km da capital São Paulo, é bastante comum encontrar essas modalidades.
Escalada, Rapel e Tirolesa – A escalada geralmente é feita em rochas e o rapel em cachoeiras. A tirolesa é o deslizamento em uma linha aérea que liga dois pontos afastados na horizontal ou em desnível. Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul oferece um cenário privilegiado para a prática do turismo de aventura. Devido à sua formação geológica, rica em vales, canions, rios, cachoeiras, cavernas e túneis a localidade é ideal para a prática desses esportes de aventura.
Fonte: Jornal de Turismo