BH ficará sem metade dos hotéis previstos para a Copa
(Hotel San Diego da Pampulha foi um dos que cumpriram o cronograma acertado com a PBH)
Esses empreendimentos receberam da PBH benefício de aumento do coeficiente de construção, o que significa que eles podem construir uma área maior do que o autorizado normalmente para a região onde se encontram. Esse benefício foi condicionado à abertura dos empreendimentos antes da competição da Fifa. A lei 9.952 estabelece que as obras têm que ser concluídas até 28 de fevereiro de 2014 e a operação tem que começar até 30 de março
Mesmo sem confirmar a lista da consultoria JR & MvS, a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Minas Gerias (ABIH-MG), Patrícia Coutinho, diz que o cenário de atraso é real. “Com certeza, muitos não vão ficar prontos a tempo. A previsão é bem mais modesta do que no início”, diz. Ela calcula que a cidade ganhará cerca de 30 novos hotéis para o evento.
Penalidades. A legislação prevê multas para quem recebeu o benefício e não vai abrir as portas a tempo de receber os turistas do futebol. A penalidade varia de acordo com o tamanho do terreno e com a diferença entre o coeficiente de construção original e o acréscimo autorizado. “A prefeitura já estuda uma maneira de flexibilizar as punições”, diz o consultor Maarten Van Sluys, da JR & MvS Consultores. A presidente da ABIH-MG diz que a PBH já sinalizou ao setor que deve estender o prazo oficial por pelo menos dois meses.
A Secretaria Municipal Extraordinária para a Copa do Mundo não confirma as informações, mas admite que acompanha de perto a situação. Por meio de nota, o órgão diz que “aguarda a posição oficial dos empreendedores sobre o cronograma de obras para tomar uma posição a respeito”. Maarten Van Sluys acredita que reduzir as punições pode desestimular os que estão pagando hora extra ou suspendendo férias dos funcionários para concluir as obras a tempo.
Crescimento
Previsão. O Brasil terá pelo menos 422 novos empreendimentos de hospedagem até 2016, de acordo com previsão do Ministério do Turismo. O investimento será de R$ 12,2 bilhões.
Fonte: O Tempo